A trajetória de Dona Dilma. A faxina mentirosa de 2011. O pibinho de 2012. O falso
A oficialização do pibinho de 2012 trouxe recordação,
frustração, decepção. E uma expectativa nada otimista para 2013 e 2014. Não é
nem pessimismo, é realismo e falta de confiança. Em julho/agosto de 2012, o
“Guardian” revelou, “o PIB do Brasil crescerá menos de 1 por cento”. O ministro
Mantega nem se deu ao trabalho de contestar, disse apenas que era uma piada. Só
que ninguém riu.
E agora? Materializado em 0,9 por cento, sobrou a
perplexidade e a pergunta inútil: o que aconteceu? A constatação do exagero, da
falta de base para a análise, a insegurança das projeções. O ministro explica
que foi a crise internacional. Ora, a crise internacional já vinha de 2008/2009,
não piorou depois de julho/agosto.
Não havia otimismo ou pessimismo nas previsões, apenas
irresponsabilidade, ou falta de espírito de renúncia, o que sobrou em Bento XVI.
Mas faltou vontade para fazer, o que já vinha desde 2011. Nem é preciso repetir
que o governo não tem plano, projeto ou programa.
Dessa forma, vai aos trancos e barrancos, aos
solavancos, comemorando o passado distante e projetando vitórias para um futuro
igualmente distante. Mas presente. E assustador. Para este 2013 que mal começa,
garantiram que compensariam o pibinho com um pibão-grandão, não conseguiram nem
conseguirão nada. O primeiro, realidade e perplexidade. O segundo, imaginação
inimaginável.
Não era na verdade um pibão tão grandão, a esperança
ou a expectativa não passavam de 3 por cento. Mas até esse número começa a ser
desmontado, recorrem sempre à constatação por fases: “O PIB realmente está
caindo, mas a partir de julho, começará a melhorar”.
Fingem que o país tem dois calendários, um do início
do ano, de queda, o outro do meio até o fim, que seria de alta. Pelo visto não
funcionou em 2012, foi de baixa sem qualquer recuperação.
CRESCIMENTO SÓ COM
INVESTIMENTO
Vão falando o que vem à cabeça, ganham no desinteresse
da mídia, que nem informa nem critica, elogia de forma imprudente. Houve
realmente aumento de salário, não tão grande que possa ser sustentável. Mas que
vai sendo devorado pelo aumento da inflação. A alta do salário só é sustentável
com investimento, que não existe.
A inflação sobe por conta própria, naturalmente
inflada e insuflada pela incompetência geral. Salários altos, inflação baixa, e
nenhum investimento, eis uma trilogia que ninguém consegue conciliar, no Brasil
ou em qualquer país.
A ILUSÃO DO DESENVOLVIMENTO
Refugiados na própria convicção, “somos a quinta
economia do mundo”, empolgados e desvairados, fizeram o mesmo Festival Wagner do
pré-sal, se adiantaram pelo menos 20 anos. Os resultados não acompanharam a
imaginação. Agora falam na sexta economia do mundo, tão traumatizante quanto a
ficção da quinta, que se esvaiu da mesma forma.
Perderam a fórmula do sucesso até mesmo imaginário,
são sabem o que fazer. Na situação em que o Brasil está hoje, econômica e
financeiramente, precisamos de muito trabalho, esforço. vontade, realização. Só
que depois do desperdício de 2011 e 2012, resolveram abandonar tudo, implantaram
um projeto de ambição e prorrogação de Poder.
Por determinação de quem tem a força e acredita que
domina também o Poder, abandonaram 2013 em nome de 2014. Este ano (2013) seria o
último da trajetória de afirmação e recuperação, depois então viria 2014, o ano
da reeleição.
Dona Dilma inverteu tudo, “confidenciou” a Eduardo
Campos, “sou candidata à reeleição”. Assim, oficialmente dava início à campanha
de 2014, que o país assiste perplexo e estarrecido. Por que Dona Dilma implantou
essa decisão e comunicou-a a um pretenso e suposto adversário?
Elementar.
DONA DILMA SÓ SE ASSUSTA COM UM
NOME
Efetivamente existem vários candidatos ou adversários.
Mas nenhum capaz de ameaçá-la ou amordaçá-la. E entre esses, está logicamente o
governador de Pernambuco. Dona Marina não tem nem partido. Aécio Neves tem
partido (tem?) mas faltam correligionários. Portanto, eis Dona Dilma convencida
de que se ultrapassar o único adversário realmente invencível, terá garantido
outros 4 anos. Naturalmente sem incluir 2013 e 2014, esses já recebeu de “mão
beijada” do grande adeversário.
Dona Dilma considera que quando surgirem as pesquisas
(demoram, não?), todos verão que o pibinho real e o falso pibão grandão não
afetaram em nada sua popularidade. Mas reluta em concordar que o único que pode
derrotá-la não se interessa nem é atingido por pesquisas. Daí ter avançado as
datas, ela precisa de campanha, ele não. Aliás, ele está em campanha mais
intensa e declarada do que a dela.
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PS – Num país em que nada tem importância, e Renan
Calheiros despreza e desdenha um manifesto com UM MILHÃO E 600 MIL
ASSINATURAS, PEDINDO A SUA DEMISSÃO, NÃO TEM IMPORTÂNCIA, tudo é
possível.
PS2 – Dessa forma, nomeiam presidente da Comissão
Ambiental do Senado o bilionário Blairo Maggi. Quem é ele? O “Rei da
motosserra”, que fez fortuna destruindo e depredando a natureza. Que
República.

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